Simonton Rios
FELIX MENDELSSOHN
Nascido em Hamburgo no dia 03 de fevereiro de 1809, faleceu em Leipzig no dia 04 de novembro de 1847.
Compositor alemão. Filho de um banqueiro e neto do filósofo judeu Moses Mendelssohn, foi um menino prodígio que estudou música sob a direção de Zelter em Berlim. O sobrenome Bartholdy, pertencente a um tio materno, foi adotado pela família quando esta considerou aconselhável a conversão ao cristianismo. O jovem Mendelssohn fez sua primeira apresentação pública
(em um concerto de câmara) aos nove anos de idade, e escreveu sua primeira sinfonia aos 15. Compôs a Abertura para Sonho de uma Noite de Verão aos 17 anos, sendo o restante da música incidental para peça de Shakespeare completado em 1842. Foi desde muito cedo veemente defensor da música então negligenciada de J. S. Bach, regendo a Paixão Segundo São Mateus
em 1829, em uma execução histórica, quando ainda não completara 20 anos.
Nesse ano, realizou a primeira de suas numerosas visitas à Inglaterra, onde sua música se tornou muito popular e admirada pela rainha Vitória.
Férias na Escócia produziram as impressões que inspiraram sua Abertura A Gruta de Fingal (1830) e a sinfonia Escocesa (Terceira Sinfonia; primeira audição: 1842), dedicada à rainha da Inglaterra. Durante uma visita à Itália, iniciou a sua Sinfonia Italiana (Quarta Sinfonia; estréia: 1833). Depois de um período de dois anos como diretor musical em Düsseldorf, Mendelssohn foi
nomeado, em 1835, regente dos concertos Gewandhaus em Leipzig, em cujo conservatório, ao lado de Schumann, ensinou composição. Oratórios como Elijah (Elias) aumentaram consideravelmente sua popularidade na Inglaterra.
Uma de suas maiores obras, o Concerto para Violino (Op. 64, em mi menor), começou a ser escrita em 1838, ocupando-o por cerca de seis anos. Morreu de hemorragia cerebral, aos 38 anos de idade. Além de suas cinco sinfonias (sendo a última a sinfonia A Reforma, 1830), Mendelssohn escreveu dois concertos para piano, sete quartetos para cordas, uma quantidade considerável de outras peças de câmara, seis sonatas para órgão e as famosas Canções sem Palavras (1832-1845) para piano (instrumento a que também dedicou as densas Variações Sérias).