Simonton Rios
ERNESTO NAZARETH
Nasceu no Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1863 e faleceu também no Rio de Janeiro no dia 01º de fevereiro de 1934.
Compositor carioca, em grande parte autodidata, tem aparecido nos últimos anos como figura essencial de nossa música, de genialidade reconhecida.
Como pianista de cinema e compositor de tangos, valsas e polcas, realizou expressiva fusão entre gêneros originalmente europeus e a abundante musicalidade do Rio de Janeiro do início do século XX, em uma obra essencialmente pianística onde tanto se utiliza da síncope brasileira como de atmosferas e inflexões melódicas que revelam seu minucioso conhecimento da tradição chopiniana. Restrito, por muito tempo, à categoria de músico popular, Nazareth foi redescoberto pelo grande público e por compositores como Francisco Mignone e Radamés Gnatalli, que não cessam de executa-lo e de enfatizar sua importância como cristalizador de um "estilo brasileiro" que é anterior, cronologicamente, à grande síntese de Villa-Lobos. Citam-se, entre suas peças pianísticas, tangos como "Fon-Fon", "Tuiuna", "Brejeiro", "Odeon"; valsas como "Eponina", "Turbilhão de Beijos", "Ouro sobre Azul"; polcas como "Ameno Resedá", "Apanhei-te Cavaquinho" etc. Nazareth morreu no Rio de Janeiro em circunstâncias trágicas, depois de ter sido internado em manicômio.