Compositor alemão, nascido em Bonn no dia 17 de dezembro de 1770, faleceu em Viena, 26 de março de 1827. O pai de Beethoven era um cantor da corte, dado à bebida e a acessos de cólera, que tentou tirar partido do prodigioso talento musical do filho. Seu primeiro professor importante foi Christian Gottlob Neefe, organista da corte, de quem Beethoven se 
tornou assistente em 1782. em 1787, fez breve visita a Viena, onde provavelmente se encontrou com Mozart e dele recebeu algumas lições. 
   Em 1789, regressou a Bonn, onde tocou viola na capela e no teatro da corte, tornando-se amigo íntimo do conde Waldstein, cujo patrocínio o habilitou a freqüentar os círculos artísticos. Em 1792, Haydn esteve em Bonn, e lhe apresentaram o jovem prodígio, que se tornara virtuose 
no piano. Haydn ficou tão impressionado que conseguiu um arranjo para que Beethoven fosse seu aluno em Viena. O relacionamento de ambos, porém, não foi satisfatório e, do ponto de vista acadêmico, Beethoven pouco aprendeu com Haydn; seus principais professores nesse período vienense 
foram Albrechtsberger e Salieri. Ao mesmo tempo, alojara-se na residência do príncipe Lichnowsky, que também o introduziu na sociedade artística, o que o habilitou a consolidar sua reputação de pianista. Nessa época (até 
1802), conhecida como o "primeiro período", as composições de Beethoven ainda mantinham um padrão "clássico", compreendendo sua primeira sinfonia (1800), os primeiros três concertos para piano (1795, 1795, 1798, 1800), assim como muita música para piano, incluindo a sonata Patética (1798), a sonata Pastoral (1801) e a Sonata ao Luar (1801), os seis primeiros quartetos para cordas (1798-1800) e a suíte de balé As Criaturas de Prometeu (1801). Com pouco mais de 30 anos, Beethoven começou a ficar surdo; passou então por uma crise profunda, fechando-se em torturado isolamento em que teria pensado até mesmo no suicídio. De maneira característica, superou essa amargura para entrar em seu período "heróico" (1803-1812) como compositor, produzindo as Sinfonias Nos 2 a 6 (incluindo a sinfonia Heróica, 1803-1804, e a sinfonia Pastoral, 1808), sua única ópera, Fidélio (1805-1814), os Concertos para Piano. Nos 4 e 5 (1805-1806, 1809), o Concerto para Violino (1806), cinco quartetos para cordas e muita música para piano, abrangendo a Sonata a Kreutzer (para violino e piano, 1803), a Waldstein (1803-1804) e a 
Appassionata (1804-1805), bem como o trio Arquiduque (1811). A surdez de Beethoven aumentou e a saúde piorou em seu "último período" de composição (1813-1827). As obras dessa fase são mais intimistas, por vezes filosóficas e abstratas, culminando com o que talvez seja sua maior realização - os cinco últimos quartetos para cordas. Também pertencem a esse período as Sinfonias Nos 7, 8 e 9, a Missa Solemnis (1819-1823), a Grosse Fuge (1825), novas peças para piano e canções.
Sobrevivem cerca de 600 obras de Beethoven, incluindo suas nove sinfonias, diversas aberturas, cinco concertos para piano, um concerto para violino, 16 quartetos para cordas, dez sonatas para violino e piano, 32 sonatas para piano, cinco sonatas para violoncelo, trios com piano, e para cordas, duas missas, uma ópera e cerca de 200 canções.