Waldir Azevedo

um dia, andando pelo bairro da Tijuca, foi apresentado a uma moça que de imediato lhe causou enorme simpatia, Olinda Barbosa. Era abril de 1944 e já em setembro Waldir e Olinda ficaram noivos, para casar em janeiro do ano seguinte, no aniversário de Waldir.

Era tempos de guerra e o jovem casal foi morar em um quarto nos fundos da casa dos pais de Waldir, em frente ao antigo cinema Imperator.

A situação levou Waldir a usar seu bom ouvido em uma outra atividade que nada tinha de musical. Trabalhou um tempo como recepcionista numa oficina que consertava os utilitários e caminhões da marca Nash.

Ainda na lua de mel, Waldir foi convocado para fazer um teste na Rádio Clube do Brasil e com a perspectiva de um emprego que lhe pagaria o dobro do da Light.

No segundo semestre de 1949, "Brasileirinho" fez sua escalada rumo ao sucesso, de tal modo que um visitante que chegasse no Rio em dezembro daquele ano e fosse ouvir rádio acharia que só havia uma emissora, pois todas tocavam o disco de Waldir.

Ir morar em Brasília, em 1971, ainda era considerado um castigo aos muitos funcionários públicos que se submetiam em troca de benefícios. Onze anos depois da inauguração da capital, já não parecia tão ruim a quem tivesse que ir para trabalhar, mas a cidade ainda era praticamente desprovida de uma vida cultural. Waldir e Olinda foram morar na Superquadra 302 Sul e poucos dias depois da chegada em Brasília foram surpreendidos tarde da noite pelo som de violões e cavaquinhos. E vinham tocando música de Waldir. Travou assim o primeiro encontro com a turma do choro de Brasília.

Waldir Azevedo morre em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum.