Simonton Rios
Silvio Caldas
Silvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas, nasceu no Rio de Janeiro no dia 23 de maio de 1908 e faleceu em Atibaia - S.P no dia 03 de fevereiro de 1998. Compositor, cantor, ator, apresentador de rádio e TV.
Suas principais composições: "Chão de estrelas", "Andorinha", "Arranha-céu", "Cabelos cor de prata", "Quase que eu disse", "Arrependimento", "O nome dela não digo".
Silvio cresceu numa família intensamente musical, seu pai, Antônio Caldas, tinha uma pequena loja de instrumentos musicais, era afinador de piano e compositor eventual. Toda família era musical, organizava um bloco de carnaval, as moças cantavam no coro e nas festas da igreja católica, e os rapazes nas festas mundanas mesmo. O irmão do Silvio, Murilo Caldas, também chegou a ser cantor profissional nos anos 1930.
Reza a história que a primeira apresentação de Silvio Caldas foi aos cinco anos de idade, no velho Teatro Fênix, que se repetiu durante toda sua infância, onde tivesse lugar para cantar.
Como todos os cantores importantes da música brasileira que estrearam entre 1927 e 1930, Silvio Caldas começou a sua carreira profissional cantando samba, na Rádio Mayrink Veiga, levado por um famoso cantor da época, Antônio Santos, o Milonguita.
Em 1929, chamaria a atenção de outras rádios, como a Sociedade, e outros grandes compositores da época, notadamente do maior de todos, Ary Barroso, que o convidou para estrelar a revista "Brasil do amor", de autoria do parceiro Luiz Peixoto e com música sua ("Faceira"), em cartaz no célebre Teatro Recreio, meca do teatro musical da época.
Essa música entre muitas gravadas na década de 30, consagrou Silvio como um dos cinco maiores cantores do que mais tarde seria conhecida como a Era de Ouro da Música Popular Brasileira, ao lado de Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva e Carlos Galhardo.
Veterano do rádio, chegou até a ter um programa na TV Globo, nos anos 70, "Silvio Caldas especial", no qual se apresentou ao lado de artistas como Eliseth Cardoso, Roberto Carlos, e recebia colegas de geração como Dorival Caymmi, Carlos Galhardo e Almirante, para conversar, cantar e lembrar do passado.
Comemorou seus 80 anos no palco do Teatro João Caetano. E nos primeiros anos dos 90, continuou a se apresentar pelo Brasil em shows retrospectivos. Não parou de receber homenagens, como a Medalha Machado de Assis, conferida pela Academia Brasileira de Letras.
A maior de suas homenagens foi quando os seus admiradores fariam logo após sua morte, em 1998, criaram no distrito seresteiro de Conservatória, capital universal da seresta, o Festival de Seresta Silvio Caldas, que acontece anualmente.
Ele teria morrido de insuficiência pulmonar.