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Jacob do Bandolim

Jacob Pick Bittencourt, nascido no Rio de Janeiro no dia 14 de fevereiro de 1918 e falecido no Rio de Janeiro no dia 13 de agosto de 1969. Compositor e instrumentista.

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Suas principais composições: "Noites cariocas", "Assanhado", "Nostalgia", "Alvorada", "Vascaíno", "Bole-bole", "Diabinho maluco", "A ginga do Mané", "O voo da mosca", "Vibrações", "Doce de coco".

Nasceu na Maternidade de Laranjeiras o filho da polonesa Rachel Pick com o farmacêutico capixaba Francisco Gomes Bittencourt, no bairro da Lapa no Rio de Janeiro.

Fascinado pelo som do violino de um vizinho, logo pediu e ganhou o seu. Mas não conseguiu se adaptar ao arco, começou a pinicar as cordas com um grampo de cabelo e, depois de inúmeras cordas partidas, uma vizinha deu o diagnóstico: "Esse menino está querendo tocar é bandolim".

Ganhou um bandolim de cuia, tipo napolitano, e sozinho foi aprender o instrumento, que acabaria reinventando e adaptando com perfeição à música brasileira.

Na solidão de seu autodidatismo foi conseguindo vencer etapas. Aos quinze anos tocou pela primeira vez numa estação de rádio, a Rádio Guanabara.

Ele iniciou de fato sua carreira de solista ao ganhar o concurso do "Programa dos Novos", na mesma Rádio Guanabara.

Antes de fazer vinte e cinco anos de idade já tinha exercido estas atividades: prático de farmácia, vendedor pracista, agente de seguros e de títulos diversos, vendedor de material elétrico, parafusos, sabão a granel, material de papelaria etc. Foi ainda dono de um laboratório e duas farmácias.

Jacob chegou a fazer parceria com o violonista Benedito César Ramos de Faria, pai de um certo Paulo que começou a se consagrar na carreira musical, com o nome artístico de Paulinho da Viola.

O legado deixado por Jacob, e que tem a parte mais perene em sua monumental discografia, inclui mesmo uma mudança na maneira de se tocar o instrumento e que fez brotar o estilo do bandolim brasileiro, ele deu personalidade própria  ao bandolim brasileiro no que tange à forma de tocar.

Teve dois infartos, o primeiro havia sido no palco do Teatro Casa Grande, depois de uma ovação de universitários por sua interpretação de "Lamentos". O segundo, voltando da casa de seu ídolo Pixinguinha, foi fulminante e deixou órfão o bandolim brasileiro.

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